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Cálculo Urinário

Por quê os cálculos urinários doem tanto?

             A “crise renal” (cólica nefrética) é, algumas vezes, descrita como a experiência dolorosa mais importante já vivida pelo paciente até então. Pode ser pior até que a dor vivenciada nos episódios de fratura óssea, queimaduras e até mesmo parto.

A intensidade da dor não possui relação direta com o tamanho da pedra (cálculo) e, na maioria das vezes, não é causada quando ela se move dentro do aparelho urinário. Na verdade, o episódio doloroso é devido a dilatação do sistema urinário causada pelo efeito obstrutivo do cálculo quando se impacta no ureter (tubo que drena a urina dos rins para a bexiga - vide figura acima). Portanto, quando a urina produzida pelos rins, tem dificuldade em transpor esse “bloqueio”, o paciente pode apresentar intensa dor.

 

Quais as chances de um indivíduo desenvolver uma nova crise dos rins?

            Se o paciente foi tratado, não apresenta nenhum cálculo adicional e este foi seu primeiro episódio, podemos dizer que suas chances em formar uma nova pedra são em torno e 10% ao ano. É claro que este percentual varia de acordo com os distúrbios químicos e metabólicos envolvidos, história familiar da doença e alterações estruturais ou anatômicas (ex. problemas congênitos) do aparelho urinário.

            É importante comentar que a faixa etária com maior incidência de cálculos, vai dos indivíduos de 35 a 50 anos, com ligeira predileção para o sexo masculino.

 

Quando o cálculo pode ser eliminado espontaneamente?

            O cálculo menor que 5 milímetros (mm), na imensa maioria das vezes, sai sem necessitar nenhum procedimento adicional, apenas a vigilância por parte do médico. Cálculos entre 5 e 10 mm podem ser eliminados, o que dificilmente acontece se a pedra for maior que 10 mm (1 cm).

            Sempre que possível, devemos “dar uma chance” para o cálculo passar naturalmente, tentando evitar sofrimento e custos adicionais para o paciente.

 

Existe algum medicamento que dissolve a pedra?

            Infelizmente, a maioria dos cálculos é composta por combinações de cálcio, que não são dissolvidas por nenhuma medicação. Porém, em torno de 10% dos cálculos são formados por ácido úrico. Estes cálculos apresentam características peculiares nos exames de imagem e podem sim, ser dissolvidos com medicamentos específicos.

 

 

 

Quais as opções disponíveis hoje, para o tratamento do cálculo urinário?

            A Litotripsia Extra Corpórea (LECO), é hoje o tratamento mais realizado em nosso meio. Trata-se do “bombardeamento” cuidadosamente direcionado do cálculo urinário (vide fig. abaixo). O paciente não necessita de internação, o procedimento é normalmente realizado com leve sedação (sem anestesia geral ou raquidiana) e não há cortes (incisão). Porém, as indicações são específicas e há casos que devem ser tratados por outros métodos.

            Outra importante opção é a retirada do cálculo por via endoscópica, através de aparelhos de fino calibre, introduzidos pela uretra e que percorrem praticamente todo trato urinário. Porém, é necessário internação e anestesia para a realização deste tratamento.

            Felizmente, hoje a cirurgia tradicional (com corte) é um procedimento de exceção. Mas lembre-se! O médico urologista é o mais indicado na escolha da terapêutica ideal para o seu caso.

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